28.3.11

silêncio.

Minha cidade dorme na noite fria... As ruas e calçadas estão vazias, e não ouço nenhum ruído. Sinto falta do barulho, das buzinas automotivas, dos gritos de nervosismo, do som agudo dos pneus, daquele carro que corre. Sinto falta do vento quente, dos raios solares, da mãe que briga com o filho. O silêncio dói. Faz com que os segundos pareçam horas.
- É perigoso ficar parado nesse semáforo a noite! - mas não adianta, a minha mãe gosta do silêncio, e para ela, ficar parada nessa escuridão, é sina. Eu quero muito voltar para casa, colocar meus fones de ouvido, e viajar sem sair do lugar. Mas, parece que minha casa fica tão longe, porque por mais que andemos, nunca chegamos. Esse silêncio está começando a me estressar. Cadê os pássaros? Cadê os cachorros brigando na rua? Cadê todo mundo? Por que a cidade parece tão... Morta? Não importa o que eu pense, existem perguntas que simplesmente não tem respostas. Cheguei em casa, mas estão todos dormindo. Péssima notícia: meu fone quebrou. Onde está a tecnologia, quando mais preciso dela? Arg. A insônia conversa comigo durante a noite. Nenhum mosquito se atreve a fazer-me companhia. Eu sei que daqui a algumas horas, o Sol vai nascer a Leste, e a minha cidade vai acordar. Mas, enquanto isso, vou ouvindo o que esse silêncio tem a me dizer, já que há ocasiões em que ele torna-se mais sábio do que qualquer palavra que poderia ser pronunciada.

Um comentário:

  1. O.O
    Estou encantada, a forma como você descrevi a situação é fantástica. Estou apaixonada pela suas obras. Parabéns!

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