29.6.11

butterfly.

Feriado. O relógio parou. A cidade parou. Nenhuma bomba, nenhum criança gritando, irritantemente. Agora sim, creio que resgatei meu sossego. Quem sabe não é uma boa hora para a composição de uma música, ou talvez, para ter uma boa conversa comigo mesma. Confesso que estou precisando. Minha vida é como a de uma borboleta, que sai do casulo, para libertar-se no mundo a fora. Preciso ser como a borboleta, esse casulo está cada vez mais apertado... O que me falta é força pra voar, força para recomeçar, para deixar a metamorfose acontecer, sem nenhuma interrupção minha. É, às vezes eu tenho necessidade de envolver-me nos assuntos vitais, e manter-me como a comandante da vida. Pobre que sou, hipócrita que sou... A cada descoberta, o casulo abre-se mais, e este fato é diretamente proporcional ao meu medo do que está por vir. O que é novo e inesperado, costuma ser assustador. Agora, eu tenho duas escolhas: ficar aqui dentro, para sempre, atrofiada, com medo da mudança, com medo do que terei que enfrentar lá fora, com medo... Ou espreguiçar-me, abrir esse lar tão minúsculo, e voar pelo mundo, sem direção, sem medo, e sabendo que minha vida pode deixar-me a qualquer momento. É, isso chega a ser amedrontador. Preciso fazer minha escolha agora, o tempo passa, as pessoas passam... O casulo quebrou, é hora de partir. O que pensar na hora de partir? Não, não pense. Vá sem pensar, a mudança começa agora, e nunca é tarde para recomeçar. Vá, vá sem medo, voe, liberte-se, mude, cresça, conheça Jesus, pouse em flores, faça amizades, seja aquilo que você tinha medo de ser, pois o tempo de uma borboleta é curto, e ninguém sabe o momento em que será a hora de voltar ao seu casulo.

2 comentários:

  1. Como assim eu não te seguia antes?
    Vc é muito boa, menina.
    ;)

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  2. "Vá sem pensar", é o que muita gente precisa fazer.

    To seguindo :)

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