15.12.10

incertezas.

Quando eu era menor, tudo parecia que estava sob controle. Eu achava que quando eu quisesse, tudo seria solucionado por mim. Além disso, eu vivia acreditando que quando eu fosse a Presidente dos EUA, os problemas do mundo estariam resolvidos. Olhando para trás, eu sei que muita coisa mudou, e sei que não posso ser a Presidente, muito menos solucionar os problemas mundiais.. Eu cresci, e tenho certeza de que nada está sob meu controle. A qualquer momento, este chão que eu piso pode desabar. A qualquer momento, esse ar que eu respiro pode acabar. A qualquer momento, as pessoas que eu amo irão partir. A qualquer momento, eu irei partir, já que eu sei que a morte é certa, e a vida não. Então, o que fazer? Não, eu não sei o que fazer. Mas, se alguém souber, por favor, me avise. Eu sento numa cadeira, e fico imaginando milhões de coisas a cerca da vida após a morte. Imaginar, é só isso que eu faço. Entretanto, chega um dia que tanto pensar na vida e na morte, me cansa. Então eu escrevo. Não que vá adiantar alguma coisa, mas quem sabe se com isso, meu chão fique mais firme... o meu ar fique mais leve... as pessoas que eu amo esperem meu último abraço... talvez, até eu espere um último abraço. Quero voltar a pensar como criança, quero começar a acreditar que tudo está sob meu controle, quero imaginar que a morte não existe. Talvez assim, eu viva bem melhor essa minha vida incerta.

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