28.1.11

desejo.

Cansei. Cansei dessa rua, cansei desse Sol, cansei desse clima, dessas roupas, dessas mesmas pessoas. Então eu corri para o meu quarto, e arrumei minhas malas. Meus pais não iriam demorar então, eu precisava ir logo. Sai com uma pequena mala, correndo pela rua, e reparando certos olhares em mim. Não importava mais, já estava decidida. Passei pelo mercado, pela casa dele, pelo bar, pela praça, e logo avistei o que eu mais desejei: um táxi. Ele me deixou no aeroporto, e após comprar uma passagem, sentei no banco para descansar. Meu embarque estava a minha espera. Foi a última coisa em que pensei. Encostada na janela de vidro que dava a visão do avião, eu o vi partir. Ele se foi, aterrissou, me deixou... Ou, na verdade, eu o deixei, tanto faz. Voltei para casa, ignorei minha mãe gritando, e a policia na porta. Deitei na cama e pensei: um dia, enfim, voarei.

2 comentários:

  1. Muito bom! Acho que isso é o que todo mundo tem vontade de fazer um dia, porém muitos não tem coragem...
    Beijos!

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  2. Esse ensaio de liberdade certamente um dia vai decolar... :]
    A liberdade exterior exige a priori a que vem de dentro. Os voos existenciais prescedem comumente os de avião...

    Abraço, Lillyan!
    Se aprochega em Le-Tranças p/ trocarmos prosas.
    Té!

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